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3.31.2008

Uma idéia para ser feliz

Devemos ser felizes com o que temos e com o que somos. Se não conseguimos subir vinte degraus, porque não ficar pelos dezanove?Nem todos podem ser estrelas, mas todos podem sentir-se realizados com a sua própria realidade.


Claro que não podemos nem devemos generalizar esta ideia, mas, infelizmente, muitas pessoas desperdiçam grande parte da sua vida à procura daquilo que nunca terão, por condicionalismos do próprio e do meio que os rodeia.


Muitas vezes, só no declinar da vida reconhecem o erro de terem sido escravos da vida sem verdadeiramente a terem aproveitado. Que gosto amargo deve ser chegar a semelhante conclusão.


São planos e projectos de vida que, embora os objectivos sejam aceitáveis e sobretudo atractivos, não têm em consideração os meios existentes para os atingir, originando insatisfações e desânimo inutilmente.


Antes de construir a torre, devemos ter em atenção se as pedras que possuímos serão suficientes. Como se evitaria tantas desilusões e frustrações com este procedimento.


Deveremos acompanhar os sinais dos tempos, cada um no seu contexto, não ficarmos inertes à espera que os outros façam aquilo que nos compete, mas ter a lucidez necessária para sabermos qual o nosso patamar.



3.29.2008

Uma reflexão a respeito de atitudes

Se você for a um templo budista no Oriente, verá uma série de imagens que retratam um homem do campo conduzindo uma vaca. No primeiro quadro, vemos apenas um bezerro correndo pelos campos, pisando na colheita e causando um estrago generalizado. No segundo quadro, vemos o bezerro já adulto, com uma argola no focinho, sendo espancado pelo homem por ter se comportado mal.

O terceiro quadro mostra o homem do campo conduzindo lentamente a vaca, guiando-a para a esquerda e para a direita. No quarto quadro, o homem está montando na vaca, guiando-a enquanto toca uma flauta. No quinto quadro, a vaca desaparece e vemos apenas o homem do campo.

A vaca representa nossa ganância, nossas necessidades e nossos apetites. O homem do campo representa nosso verdadeiro eu - quem realmente somos debaixo das camadas da personalidade, das emoções, do medo e de tudo o mais que nos oprime.

No início, cometemos o engano de achar que a vaca é o nosso verdadeiro eu, ou seja, que somos formados apenas pela soma das nossas necessidades, apetites e ganância. Basicamente, somos o que queremos, sem nenhuma consideração mais profunda. Nesse nível, somos como animais.

Comemos quando queremos, dormimos quando desejamos, urinamos e defecamos quando sentimos vontade e fazemos sexo quando o desejo toma conta de nós.

O simples fato de estarmos cercados pelas facilidades e comodidades modernas e de nos deixarmos dirigir por algumas convenções sociais na significa que somos espiritualmente melhores do que um cachorro ou uma vaca. Nesse nível, ficamos felizes quando nossas necessidades são satisfeitas e infelizes quando elas não são.

Não temos dúvidas nem perguntas a respeito da vida propriamente dita e, conseqüentemente, deixamos de estar em contato com o nosso verdadeiro eu. Somos exatamente como a vaca que corre sobre a colheita, destruindo o que encontra pela frente sem cuidado e conhecimento.

O homem do campo coloca então uma argola no nosso nariz, um processo doloroso porém necessário, destinado a nos ensinar aonde precisamos ir. Ele nos puxa para cá e para lá com uma corda, ensinando-nos as coisas que podemos fazer os lugares aonde podemos ir, dando pancadinhas leves para nos manter despertos.

Enquanto atravessamos esse estágio, pouco a pouco percebemos que existem maneiras mas fáceis de chegar aonde queremos ir. O mais importante de tudo é que estamos descobrindo como chegar lá.

Quando o homem do campo (o nosso verdadeiro eu) consegue dirigir apenas com a voz, sem ter que puxar a corda, é porque conseguimos controlar nossa ganância e apetite. Sentimos os antigos impulsos, mas sabemos como controlá-los sem precisar da ajuda de outra pessoa. Logo, o homem do campo consegue nos guiar sem proferir uma única palavra.

Ele apenas toca flauta enquanto cavalga e sabemos automaticamente para onde devemos ir. É nesse estágio que conseguimos ver claramente o homem do campo, e ele a nós. Existe harmonia no relacionamento. Nosso ego-eu reconhece seu verdadeiro eu.

No último estágio, não há nenhuma vaca. Resta apenas o homem do campo. Nosso verdadeiro eu está sozinho, porque aprendemos a nos desfazer das camadas de ganância e apetites. Nesse ponto, não há por que haver uma vaca (o ego). Nossos pés podem nos levar para onde queremos ir.

Qual dos dois é mais forte em você? A vaca ou o homem do campo? Em muitos de nós, a vaca é mais poderosa e arrasta o homem para onde quer, vagando por todo o campo, perdida e sem um destino específico. Somente quando você deixar o homem do campo assumir o comando e guiar a vaca e que estará no caminho certo, porque seu verdadeiro eu sabe aonde quer ir.

Por que você sente tanto medo e ansiedade? Por que suas emoções ficam tão intensas? É porque você está deixando a vaca guiar o homem.

Seu verdadeiro eu é a luz, o farol que deveria guiar sua vida. você tem que deixá-lo brilhar, caso contrário você viverá nas trevas, vagando impotente em meio ao medo e à ansiedade que nos cerca. Na escuridão, até mesmo a luz fugida do vagalume parece brilhante.

E você gasta toda sua energia perseguindo essas luzes, sem se dar conta de que existe uma luz maior dentro de você. Não jogue fora sua correndo atrás de um inseto que piscará pela ultima fez e morrerá logo depois que você o capturar.

Não fique o tempo todo perseguindo uma intensa emoção momentânea. A maior fonte de saúde e felicidade está situada dentro do verdadeiro eu.

Se você procurar no meio das suas insignificantes necessidades e na sua ganância, vagará para sempre na escuridão.

Se você não iluminar seu verdadeiro eu, não descobrirá o verdadeiro significado da saúde e da felicidade.

O texto acima é trecho do Livro "O caminho da iluminação” de Seung Heung Lee

Chad Vader, o gerente - Episódio 5


3.28.2008

O poder do silêncio

Pense em alguém poderoso. Essa pessoa briga e grita como uma galinha ou olha em calmo silêncio, como um lobo?


Lobos não gritam. Eles têm uma aura de força e poder. Observam em silêncio. Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.


Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.


O erro não dito é um silencioso acerto.


Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos. Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis. Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia e continua a trabalhar mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota. Olhe. Sorria. Silencie.Vá em frente.


Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar. Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.


Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques. Não é verdade. Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir. Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal. Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.


Você pode escolher o silêncio.


Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenócrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar: "me arrependo de coisas que disse, mas jamais de meu silêncio".


Durante os próximos sete dias, responda com o silêncio, quando for necessário. Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais. Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não ter que responder em alguns momentos. Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas. E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.


de Aldo Novak


Chad Vader, o gerente - Episódio 4

O hedonismo


A ambigüidade do conceito de prazer permitiu agrupar, sob a classificação geral de hedonismo, várias linhas filosóficas claramente distintas.

Hedonismo é definido como a doutrina que considera o prazer (hedoné em grego) o objetivo supremo da vida. Apareceu muito cedo na história da filosofia, em duas modalidades: a primeira toma o prazer como critério das ações humanas; a segunda considera o prazer como único valor supremo.

O primeiro pensador que formulou uma tese explicitamente hedonista foi, provavelmente, Eudoxo de Cnido. No início do século IV a.C, ele considerava o prazer o bem supremo de todos os seres. Fundada na mesma época por Aristipo de Cirene, a escola cirenaica se manifestou de maneira semelhante.

Aristipo entendia por prazer uma qualidade positiva, uma forma de satisfação tranqüila regida pelos sentidos. Julgava também o prazer como algo fugaz. Dizia que o homem deve desfrutar do presente, pois só o presente pertence a ele realmente.

A escola de Epicuro propunha um prazer moderado, único capaz de evitar a dor. Ele seria aplicável tanto ao momento presente quanto às recordações ou à esperança. O prazer maior, de natureza negativa, seria a ataraxia, a imperturbabilidade absoluta.

Como fundamento do comportamento humano, o hedonismo esteve sempre presente na história do pensamento. Foi incorporado à filosofia dos empiristas britânicos Thomas Hobbes, John Locke e David Hume, ainda que de forma matizada.

O também britânico Jeremy Bentham, criador do hedonismo moderno ou utilitarismo, foi mais radical e pregou "a maior felicidade para o maior número". Mas quase todos os grandes filósofos, como Platão, Aristóteles, Kant e Hegel se opuseram frontalmente às teses hedonistas.

Distingüem-se basicamente duas formas de hedonismo, o ético e o psicológico. Segundo Richard B. Brandt, um dos filósofos modernos que mais se dedicaram ao hedonismo ético, "uma coisa é intrinsecamente desejável (ou indesejável) se e somente se, e na medida que, é prazerosa (ou não prazerosa)".

Quanto ao hedonismo psicológico, existem várias doutrinas classificadas de acordo com a determinação temporal do prazer. A teoria do prazer dos fins ou "hedonismo psicológico do futuro" sustenta que o prazer pessoal é o objetivo final de um indivíduo. Bentham, representante desse tipo de hedonismo, afirmou que todo homem se sente inclinado a perseguir a linha de conduta que, acredita, o levará à máxima felicidade.

O chamado "hedonismo psicológico do presente", baseado na motivação prazerosa por meio do pensamento, considera que um indivíduo se sente motivado a produzir um determinado estado de coisas se o fato de pensar nelas for prazeroso.

O "hedonismo psicológico do passado" defende que a intensidade do interesse de uma pessoa por um tipo de acontecimento é resultado de satisfações passadas.

3.24.2008

Chad Vader, o gerente - Episódio 3

3.23.2008

Chad Vader, o gerente - Episódio 2

Qual é a história dos blogs?

Alguns pesquisadores da história do blog afirmam ter sido usado pela primeira vez em Dezembro de 1997, por Jorn Barger (também autor de um dos primeiros FAQ (frequently asked questions sobre o tema) para descrever sites pessoais que fossem actualizados frequentemente e contivessem comentários e links.


Os weblogs originais eram uma mistura em proporções originais de ligações, de comentários, pensamentos e trabalhos pessoais.


Estes poderiam apenas ser criados pelos pessoas que já sabiam construir um Website.


No entanto, há quem afirme que o primeiro weblog foi o primeiro website, o site construido por Tim Berners-Lee quando criou a Web, o qual, felizmente, ficou arquivado no World Wide Web Consortium.


Os primeiros weblogs eram baseados em dicas de links e websites pouco conhecidos com comentários. Tinham os moldes de uma publicação eletrônica de expressão individual.


Hoje já funcionam como publicações coletivas de posts com comentários abertos para qualquer participante que deseja se integrar nesta rede.


Tanto os posts como os comentários podem ser habilitados e desabilitados no Blog para outras pessoas interagirem ou não, depende da metodologia de utilização que cada grupo definir.


Há pouca informação disponível sobre a história do blog. Provavelmente, é por esta razão que ainda existem várias teorias sobre o primeiro blog publicado.


Fonte: F. Costa.


3.22.2008

Viver

A vida nem sempre é como gostamos, a grande dificuldade é saber do que se gosta realmente. Entre as noites tórridas de um calor que vem de dentro e uma brisa que continua a deixar-me a pele arrepiada, sinto-me sempre preparado para o que a vida reservou para mim, ainda que nem sempre o aceite animado, prefiro ser eu a conduzir a vida, não gosto que seja ela a transportar-me, não vá ela deixar-me num lugar de onde seja já irremediável sair.

Os ventos provocam-me incertezas, desânimos momentâneos, apatias desconfortáveis, por vezes a insegurança é a maior certeza. Do alto do meu ser, sinto-me por vezes tão pequeno, dentro de todo este fogo que me consome, há um gelo tão poderoso que quase rói.

Acordar todos os dias e manter a rotina que muitas vezes é só o que nos mantém vivos, não chega para me sentir realizado. Os objetivos, as ambições só me tornam escravo da vida e deixar de viver pelo que gosto, mas viver pelo que quero, já chega.

O que eu quero mesmo é chamar de vida a tudo o que faço por prazer, acordar cedo porque há um demasiado sorriso para dar nesse dia, porque há momentos que não posso mesmo perder, viver pelo prazer de saborear o que me faz mal e sentir-me pecaminosamente bem.

Viver para depois morrer não chega, quero viver tudo o que a vida deixar, sem a obrigação de ter de cumprir os meus objetivos, sem a pressão de ter de ser feliz, só se é feliz quando nem nos lembramos que a felicidade existe.

3.21.2008

Novos pensamentos da mesma mente


A vida é mesmo muito engraçada e ao mesmo tempo fascinante. A cada segundo ganhamos e perdemos coisas que julgamos preciosas e mesmo assim, ela continua em seguir o seu caminho. E nós, reles seres humanos insistimos em seguí-la. Se não a seguirmos, ela não nos deixa para trás e nos leva em seus ombros. Ela nunca desiste de nós.

O que faz mesmo todas essas mudanças valerem a pena é a experiência que ganhamos. Nós nos fortalecemos e os nossos olhos se abrem mais sobre tudo que nos cerca. A cada nova fase superada um casulo parece ser quebrado e nos sentimos realmente livres.

Chega um momento em que não conseguimos mais suportar a cegueira que insiste em nos prejudicar e vamos atrás de algo que possa abrir os nossos olhos verdadeiramente. E quando conseguimos finalmente enxergar, percebemos que perdemos muitas coisas.

Mudamos o foco do antes tínhamos como metas ou objetivos. Descobrimos que alcançar tais objetivos não nos tornariam pessoas melhores e muito menos poderíamos fazer algo bom com aquilo tudo.

Fazemos escolhas e arcamos com as conseqüências de tais escolhas. Se seremos felizes ou infelizes com tais escolhas isso dependerá apenas de nós, porém o mais importante é poder escolher... sempre.

Eu escolhi mudar para me tornar uma pessoa melhor. Viver melhor e realmente ser feliz com o que tenho e com o que eu possa ter. Hoje sei mais de mim e o que posso fazer pelos outros. Não preciso de glórias e elogios para saber se sou realmente bom em algo. Não quero ser referência para nada. Apenas quero viver da melhor forma possível o que tenho ao meu alcance.

Quero a partir de hoje fazer com que meus sonhos se tornem realidade.

3.20.2008

Iron Man




3.18.2008

Aprenda a ser especial


Assegure a tua relação com o espaço e tempo. Não tentes perceber a razão da tua existência, simplesmente acredite que estás aqui numa missão. A missão de fazer a diferença com cada suspiro, cada palavra, cada olhar.

Não tenhas grandes ambições apesar de seres educado de uma forma a incentivar a grandeza. Dê passos pequenos como os bebes fazem e aprenda com o mundo. Crie um Mundo só teu com paixões, amizades, trabalhos mas crie acima de tudo uma disciplina de vida. Aprenda a cair e a levantar; aprenda a chorar e a rir; aprenda a sonhar, enfim aprenda a viver.

Dedique cada momento à felicidade e quando já não puderes aprender mais coloque em pratica tudo o que sabes. Analisa o Mundo à tua volta e tente então perceber porquê que os pássaros voam, porquê que as folhas caiem no outono, porquê que existimos e acima de tudo porquê que sonhamos.

Os sonhos são a nossa maior e a mais poderosa capacidade de termos objetivos, são eles que conduzem a nossa vida e são eles que nos fortalecem. Imagine que estes sonhos são um conjunto de missões que tens ao longo da tua vida.

Quando por fim, estiveres num bar, a falar sobre as tuas experiências de vida, aí sim estarás pronto, mas até lá sonhe. Viva cada momento, mas acima de tudo aprenda a ser especial!

3.16.2008

Universos paralelos


Hoje irei fazer uma explanação sobre algo de extrema importância para as nossas vidas: os universos paralelos.

Sim, os universos paralelos. Você pode até não acreditar, mas eles estão ai e influenciam nossas vidas de uma forma única. Prepare-se... a viagem está começando agora.

Como ensina uma das mais famosas teorias da física, o cosmo se originou a partir do Big Bang, a Grande Explosão. Desde o instante em que isso ocorreu, o universo continua se expandindo e criando nuvens de gases, que dão origem às galáxias e seus corpos celestes, presentes em incontáveis pontos da vastidão sideral. Até ai tudo bem? Ótimo.

Além de corpos celestes, do espaço e do tempo, que começaram após o Big Bang, também passou a existir uma espécie de “sopa” de energia composta de partículas virtuais (aquelas que podem existir a qualquer momento desde que, por alguma razão espontânea, sofram alteração de seu campo energético ou eletromagnético). São as chamadas antipartículas formadoras da antimatéria.

Como assim? Bom, basicamente, essas partículas possuem carga elétrica invertida - ou seja, uma antiátomo com prótons de carga elétrica negativa no núcleo e, ao redor desde, elétrons de carga positiva. Em outras palavras: exatamente o contrário do que acontece no mundo que conhecemos. Desde que a física descobriu as antipartículas, sugiram muitas especulações sobre um antiuniverso coexistindo com o nosso. Um universo idêntico, ocupando o mesmo espaço físico, mas como uma imagem no espelho: invertido.

A “sopa” de energia gerada pelo Big Bang, batizada de vácuo quântico, não contem partículas virtuais, mas emite flutuações de energia que criam partículas, formando infinitos campos energéticos no espaço. Essa é a base pra existência demais de um cosmo. Os universos ou realidades alternativas existem ao mesmo tempo (paralelamente) e possuem os mesmos elementos, divergindo apenas em certos pontos críticos.

3.10.2008

Pensamentos nipônicos

















3.09.2008

The ant


AOS POETAS NEM SEMPRE APETECEM AS ESTRELAS

Apetece-me não sei porquê uma história de formigas
De formigas assexuadas negras nítidas e rápidas
Com olhos fantásticos colhendo miríades de imagens
E inúteis os olhos das formigas
Desenhadas como um oito ou como um sinal de infinito
Muitas corteses atarefadas prejudiciais
Clericais sociais subtílissimas pequenas
Formigando no chão
No chão onde florescem os cardos e as cores
No chão onde assenta a carne ansiosa das mulheres
E os joelhos dos homens
No chão onde ecoa a voz repugnante dos pregadores
E a voz das juras e dos negócios
No chão onde cai o suor dos aflitos
E o suor dos amorosos
E o suor dos operários
E o suor dos gordos
No chão onde andam os pés e estalam os escarros
No chão das guerras e das famílias correctas
E dos vasadouros e dos jardins
E do pus verde dos mendigos
E das chagas rendosas e das rendas custosas
E das doidas furiosas
E das rosas
E das airosas e das feias e dos bispos e dos triunfadores
E dos cretinos e das virgens
E dos remédios e dos males
E das vertigens e dos abismos
E das cismas
E dos sismos
E dos vermes do ventre e das sonecas
E dos ludíbrios e dos hábeis
E da força dos garantidos
E das sementes

Apetece-me não sei porquê uma história de formigas
A grande invasão das formigas multiplicando-se
Cobrindo a face da terra e a dos homens e das mulheres
Entrando-lhes pelos narizes para roerem os olhos por dentro
E fazendo bulir as coisas mortas e as vivas
Com o espantoso treme-luz irisado e magnífico
Dos seus reflexos negros e a substituírem todas as cores

Na grande montanha uma mulher enorme
Nua e infame
Tem as pernas escachadas sob as pregas do ventre
E sob as pregas do ventre seu sexo negro
É o grande formigueiro do mundo

Vive?

As formigas esvaziaram-na da enxúndia e substituíram-na
Só lhe deixaram a pele por fora para ainda haver branco visível
E como pêlos ampliados excitados e crescentes
Cobriram e desceram o vale
Enroscaram-se nas árvores
Desinquietaram a placidez das pedras
Forraram as aldeias e as cidades os animais e os homens

Que é do ciúme e das angústias?
Que é do amor e das palavras?
Que é das carícias e dos dentes?
Que é das renúncias e dos crimes?
Que é das tentações
Das promessas
Dos desejos
Dos apetites
Das fúrias?
Que é de todas as músicas?

O sol inútil cobre um mar negrejante onde
os reflexos são como os olhos das moscas
E um silêncio tremendo finge de paz no mundo
Uma paz de silêncio com formigas

Formigas
Formigas
Formigas
Formigas

de Antônio Pedro

3.03.2008

Seja

Seja forte, apesar de fraco.
Seja gentil, apesar de introvertido.
Seja convicto, apesar de confuso.
Seja bossa nova, apesar de rock'n'roll.

Seja franco, apesar de inseguro.
Seja completo, apesar de desfeito.
Seja mágico, apesar de simplório.
Seja íngreme, apesar de reto.

Seja sonoro, apesar de calado.
Seja esperançoso, apesar de desacreditado.
Seja feliz, apesar de corrompido.
Seja você, apesar de mim.

(Vitória Mendes)