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4.29.2008

Conversa...

Você não desiste mesmo de querer saber tudo, hem?
- Não, não desisto... É uma coisa inerente a mim, assim como os homens nunca vão crescer ou os cachorros nunca vão parar de se lamber. Por quê? Isso te incomoda?
- Não exatamente. Mas me cansa. A sede que você tem de saber tudo me entedia, na verdade. Principalmente porque é inútil, você nunca vai saber tudo.
- Todo mundo sabe que vai morrer. Você por acaso deixa de viver por isso?
- Você tentou utilizar uma metáfora?
- É, tentei... Mas você entendeu, ou não saberia que foi uma metáfora.
- Sabe, às vezes você é tão pueril...
- E você às vezes é tão senil...
- ...
- Observe um girassol plantado no chão. Ele é lindo, não é?
- Não, girassóis são horríveis.
- Tá, tá... Então observe uma rosa. Ela sim é linda, não?
- Sim...
- Se eu a colher do chão e colocar num vaso com água para enfeitar a minha casa, ela vai murchar e morrer.
- Obviamente...
- Mas se eu não a colher, ela vai murchar e morrer da mesma forma.
- Onde você quer chegar com isso?
- Já que ela vai murchar e morrer de qualquer maneira, ao menos que faça isso em cima da minha mesa, onde ela estará sendo mais útil do que ao relento.
- Certo... Você quer dizer que, já que vamos todos morrer de qualquer jeito, então que sejamos úteis no tempo em que estivermos aqui?
- Mais ou menos isso.
- Mas úteis para quem? No caso da rosa, ela está sendo útil para você, mas não para ela.
- ...
- Talvez para ela fosse muito mais útil e prazeroso permanecer ao relento, sentindo o orvalho da noite nas suas pétalas, feliz por simplesmente existir.
- Você é tão simplista.
- Não, você é que é romântica demais...

4.28.2008

Arch Enemy



O Arch Enemy é uma banda sueca de death metal melódico com influências de thrash metal, formada em 1995. Tem uma distinção das outras bandas do gênero, por ter uma mulher como vocalista, o que é muito raro nas bandas de death metal, já que o vocal é gutural.

O Arch Enemy é uma das principais bandas deste sub-gênero do heavy metal que convencionou-se chamar de 'death metal melódico', em virtude principalmente de elementos melódicos provenientes do heavy metal tradicional, do power metal, do heavy rock e até mesmo do hard rock dos anos 70 e 80. Neste sentido, uma das características principais do Arch Enemy são os riffs de guitarra compostos por Michael Amott, que são ao mesmo tempo pesados e melódicos.

O fato do Arch Enemy ser uma das melhores bandas deste estilo não é por acaso, afinal de contas, o fundador e líder do Arch Enemy, Michael Amott, era um dos integrantes do Carcass quando do lançamento do aclamado álbum Heartwork, de 1993, considerado o precursor do que seria mais tarde chamado de death metal melódico.

Michael Amott também já foi integrante das bandas Carnage e Candlemass, e, actualmente, além do Arch Enemy, ele tem uma banda paralela chamada Spiritual Beggars, cujo som é baseado nas bandas de heavy rock dos anos 70, principalmente Deep Purple, Mountain e Captain Beyond; as influências de Black Sabbath da fase de meados e final dos anos 70 também são latentes nos álbuns do Spiritual Beggars.

Considerado uma das melhores bandas de heavy metal da atualidade em se tratando de todos os estilos e sub-estilos do heavy metal, o Arch Enemy tem em sua vocalista Angela Gossow não somente um atrativo especial mas também seu mais belo poder de fogo.

Além de sua performance explosiva nos shows da banda, Angela Gossow tem uma das vozes mais poderosas da história do death metal. Dona de uma voz gutural invejável e inacreditável, Angela Gossow consegue desbancar a maioria dos vocalistas homens deste estilo, mesmo os mais respeitados e admirados.

A mais fanática da banda por estilos mais extremos de metal, fã de bandas como Slayer, Morbid Angel, Obituary, Cannibal Corpse, Death, e o próprio Carcass, Angela Gossow contribuiu muito para tornar o som da banda mais pesado sem abandonar porém a melodia.

Formação atual
* Angela Gossow - Vocal (2001-)
* Sharlee d'Angelo - Baixo (1999-)
* Michael Amott - Guitarra (1996-)
* Christopher Amott - Guitarra (1996-2005, 2007-)
* Daniel Erlandsson - Bateria (1996-)

Ex-integrantes
* Frederik Äkesson - (2005-2007)
* Johan Liiva - Vocal (1996-2001), baixo (1996)
* Martin Bengtsson - Baixo (1997-1998)
* Peter Wildoer - Bateria (1997)

Discografia
* Black Earth (1996)
* Stigmata (1998)
* Burning Bridges (1999)
* Burning Japan Live 1999 (2000)
* Wages of Sin (2001)
* Burning Angel (EP) (2002)
* Anthems Of Rebellion (2003)
* Dead Eyes See No Future (EP) (2004)
* Doomsday Machine (2005)
* Live Apocalypse (DVD) (2006)
* Revolution Begins (EP) (2007)
* Rise Of The Tyrant (2007)

4.25.2008

Inside the Brain: An Interactive







Simplesmente Fo#$!!!


“Bem vindo a um mundo sem regras!”

4.22.2008

Tenacious D - Pick of Destiny



4.20.2008

Retorno Sagrado

Vindo do seu paraíso celestial, o Anjo desceu à Terra. Vinha envolto numa aura luminosa, resplandecendo de pureza e perfeição divina. As suas asas, de um branco impossível de ser visto em algo material, pareciam não fazer esforço algum, enquanto as penas tocavam o ar numa carícia doce.


Surgiu num jardim murcho, tristonho e sem vida. O dono preferiu remetê-lo ao esquecimento, ocupando esse tempo de verdadeira união com a Natureza em reuniões de negócios, resultantes de uma promoção profissional. Promoção essa que lhe dará o que sempre desejou: uma vivenda num sítio exótico, rodeado dos mais prestáveis empregados e extravagantes luxos.


O Anjo abanou a cabeça em sinal de leve censura, e estendeu os braços. A sua luz intensificou-se quase instantaneamente, e a aura expandiu-se de forma avassaladora, inundando todo o jardim. As ervas daninhas desapareceram, a ferrugem da correia do poço foi removida, a água tornou-se límpida, as folhas secas transformaram-se em flores e as laranjas podres em maduras e sumarentas.


O jardim vibrou com a energia que recebeu e com a nova vida que lhe foi oferecida. Só uma pequena flor não foi beneficiada pela luz: uma rosa, única numa roseira oferecida pela filha mais velha ao pai, que jurara tomar conta dela como se de uma segunda filha se tratasse.


O Anjo aproximou-se da flor e reparou nas suas pétalas descoradas, no seu caule seco e na sua tristeza profunda. Acariciou-a com um dedo, ternamente, e ela recuperou vagarosamente, à medida que as cores e a exuberância lhe voltavam. No final, emitiu um forte brilho cristalino de gratidão, brilho apenas visível aos olhos pacíficos do Anjo.


Ouviam-se gritos e choros dentro da casa. Voltando-se algo apreensivo, o ente do bem entrou. A casa estava cheia de cacos de porcelana espalhados pelo chão e pó que fazia o filho do meio espirrar vezes sem conta. Num lado estava o dono da casa; no outro, a mulher e os três filhos.


Próximo do homem estava alguém que o Anjo sabia que iria encontrar: lá estava ele, o Demônio, de semblante retorcido e asas vermelhas escuras. Olhava para o homem com um misto de divertimento e gozo estampado na cara.


- Olha para o que estás a fazer e ouve-me, pelo menos uma vez na vida! – gritou a mulher estridentemente. Desde que o marido metera na cabeça que queria ser promovido, dores de cabeça horríveis atormentavam-na diariamente. Já nem energia tinha para limpar a casa.


- Não te percebo, a sério que não te percebo – disse o marido com uma paciência exageradamente fingida – Agora que temos a oportunidade das nossas vidas é que tu queres ficar? É assim tão difícil para ti deixares de ser pobre?


- Pobre? – vociferou a mulher – Se ter uma casa com um jardim, dois carros e dinheiro para sustentar cinco pessoas é ser pobre, então estás muito a leste do que se passa cá por estes lados! Eu sei o que tu andaste a fazer para seres promovido, e não gostei mesmo nada. Tu já não estás interessado na nossa felicidade, pelo contrário, estás a transformar a nossa vida num autêntico inferno!


O Demônio sorriu abertamente, rejubilando aquele momento. A filha mais velha chorava, com os olhos vermelhos irritados, o filho do meio espirrava de trinta a trinta segundos e o mais novo tossia, possivelmente devido a uma doença não tratada. O Anjo achou a altura a mais apropriada para intervir: acalmou as lágrimas da rapariga, fez desaparecer o pó e atenuou o mau estado do pequenito, que tremia violentamente a cada espasmo provocado pela tosse. Em seguida, colocou-se ao lado do homem.


Anjo e Demônio estavam em lados opostos, cada um tentando puxar aquele marido e pai de família para o lado bom ou mau, numa luta morosa e complicada. O homem estava pasmado, maravilhado com a miríade de pensamentos opostos mas insistentes que lhe passavam pela cabeça e que não sabia que podia ter. Demorou um pouco a responder à mulher, que o ameaçava com o divórcio.


- Peço desculpa por te ter posto nesta situação, querida – disse – Não me apercebi do quão felizes éramos com o que tínhamos. Vou deixar de ser tão ambicioso e vou passar mais tempo a falar na sorte que tenho em ter-te como minha mulher.


- Oh, Carlos...- comoveu-se a mulher - Eu sabia que tu ias compreender...


Abraçaram-se e, num gesto ofensivo, o Demónio insultou o impávido e sereno Anjo.


- Bem, vou trabalhar, que já não aguento mais estar aqui.


- Carlos! – a expressão da mulher mudou assustadoramente.


- É verdade, está muito calor aqui dentro! – exclamou o homem. O Anjo sorriu. – Tenho mesmo de ir, não me posso atrasar. Hoje vou ter uma reunião de negócios muito imp... hum, quer dizer, hoje vou demitir-me. A promoção estava a custar-me o meu precioso jardim, e prefiro trabalhar menos horas para cuidar dele em condições. Já temos tudo o que precisamos... não precisamos de mais.


- Que bom! Fico muito contente – alegrou-se a mulher, aproximando-se do marido para se despedir dele.


- Tira as patas de cima de mim... maldito mosquito! – acrescentou o homem rapidamente, gesticulando no ar para espantar um inseto invisível. Aflito com o rumo que as coisas estavam a tomar e com a sua estranha incapacidade de controlar o que dizia, apressou-se a sair de casa. A mulher dirigiu-se para o quarto do filho mais novo, a fim de o tratar, e os restantes rebentos foram atrás.


O olhar calmo do Anjo e o olhar furioso do Demônio cruzaram-se por uma fração de segundo. O Demônio riu-se de forma amarga e sarcástica e saiu voando. No caminho derrubou um caríssimo e estimado jarrão de porcelana com uma das suas patas com garras. O acontecimento foi mais tarde interpretado pela família como uma corrente de ar especialmente forte. O Anjo sentiu o seu trabalho de momento ali terminado e saiu para o jardim. Os seus olhos pousaram-se em todos os pormenores e o seu olhar não julgava: era antes o reflexo do seu amor e compaixão que sentia incondicionalmente por toda a existência.


Deteve-se na rosa que a filha mais velha ofereceu ao pai. Com rápida precisão, arrancou-a e pisou-a até ficar completamente esmagada. Depois olhou para cima, sorriu e voou rumo ao paraíso celestial.


4.09.2008

Enquanto isso...

- Ei, ei... ei, galera... Eu acho que aquele cara tá seguindo a gente?!... Ei, cara vai mais rápido eles tão seguindo a gente!!!... Pô, eu sei que a gente não fez nada, mas eles tão seguindo a gente. Olha lá, cara. Entra pra lá, entra pra lá!!!

- SAI DO CARRO, GAROTO. MÃO NA CABEÇA!!

- Pô a gente não fez nada...

- SAI DO CARRO, GAROTO!!!

- Pô... Que??... Que é isso?? Que??... Que é isso, cara?? Pára... arghhu...

- DOCUMENTO, PORRA!!! NÃO QUERO SABER. QUE PAPO É ESSE?? QUIETINHO, AÊ. MUITO QUIETINHO AÊ, PORRA. CADÊ?... CADÊ, CADÊ? CADÊ A MACONHA, PORRA?

- Cara, a gente não fuma, nem nada. Que papo é esse?

- Pô... pô... deixa a menina, cara. Deixa a menina. Que???... Que é isso, porra?



4.08.2008

Excerto de "O Enigma de Zulmira"

[…]

Tinham falado pouco, preferiam deixar-se estar em silêncio, a fumar, a ouvir um ou outro chilreio e alguma súbita restolhada dos pássaros a escapulirem-se pela folhagem, a olhar para o ar por entre as ramagens dos arbustos e as copas das árvores. De onde estavam deitados avistavam-se alguns ciprestes a pontuarem verticalmente na escarpa arredondada pelas copas dos pinheiros mansos para o lado de Setúbal.

Pouco depois a mãos tocaram-se e seguiu-se um beijo. O Esmeraldo passou-lhe a mão pelo peito, sentiu-lhe a ponta endurecer e começou a desapertar-lhe a roupa. Verificou com surpresa que não trazia nada por debaixo do vestido. Nem soutien, nem combinação, nem cuecas. Só a pele macia.

Uma das mãos dele foi avançando, afagando-lhe os bicos do peito, depois tocando-lhe a púbis e detendo-se morosamente no sexo dela, enquanto a outra lhe percorria os pés descalços e as pernas, do tornozelo à coxa. A Zulmira deixava-o fazer, de olhos semicerrados, a respirar fundo, a prestar-se às carícias, a pôr o corpo a jeito. Mas não o deixou ir mais longe.

De cada vez que o Esmeraldo tentava mudar de posição e passar à fase seguinte, ela impedia-o, devagar, mas com firmeza.

De repente, soergueu-se apoiada num cotovelo, encarou-o nos olhos e perguntou:

- O que é que você quer de mim?

Esmeraldo engasgou-se. Não contava com aquilo e não captou a carga erótica da pergunta feita com voz rouca e velada. Levou a mão ao sítio da gravata, como a compor a maçã-de-Adão e tartamudeou como se fosse ele quem estivesse a ser objecto de um interrogatório policial:

- Eu… eu… você… eu… enfim… eu… você…

Não saia deste embaraço por alguns momentos que lhe pareceram uma eternidade, até que começou a murmurar uma prosa atrapalhada, como se estivesse a seduzir uma costureira abandonada num fim de tarde de domingo de Alfama, que achava que tinha de lhe dizer, que esperava que ela acreditasse que as suas intenções eram as melhores, que era solteiro e tinha situação modesta mas que, em face das circunstâncias, poderia considerar-se estável, que até esperava ser promovido em breve, porque ela já o conhecia o suficiente, que se sentia irresistivelmente atraído por ela, etc, etc.

Então a Zulmira encolheu os ombros, debruçou-se sobre ele, deitou-lhe a mão à braguilha, desapertou-a com destreza, agarrou-lhe o sexo tumefacto, curvou-se e chupou-o longamente. O Esmeraldo gemia a entrar em transe, resfolegava e revirava os olhos.

[...]

excerto de O Enigma de Zulmira, Quetzal Editores, Lisboa, 2002


Piratas do Caribe

Dois vídeos muito bons, Piratas do Caribe no violão e na guitarra! Vale a pena ver!






4.05.2008

De Libélula à borboleta

Fugistes querida, bem sei, para em teu castelo te ocultar!Por que te amedrontas tanto assim? Duvidas de mim?Não resistes aos meus galanteios, ou outro tens a te encantar?Não vê que por pouco tempo te secretarás?

Pois no impulso do tempo teu casulo romperás?Que fazes aí? Se nem o sol descortinas a raiar? Tuas amigas, companheiras, já estão a te sondar.Aflitas, querem te escutar. Não ouves o seu farfalhar?

Flores multicoloridas como tuas asas, aqui estão a te espreitar. Pensam...Que faz essa menina sem trabalhar?Descansa sem parar? É a lei da Natureza: deve polinizarVeja, estrelas estão a brilhar! E, nossos olhos a encantar.

Sai Amor! Todos estão a te esperar.E eu, sofrendo, ansioso, a te aguardar.Não precisas tanto te enfeitar. És bela como o Luar.Fostes obra da Mãe Natureza, e até a Lua está a te invejar.

Vem querida, não demore ...Pois, louco estou pra te beijar. E, tuas faces acariciar.Elas rubras como carmim, a me aceitar. Ah, deixa-me sonhar!Sai amor, este "casulo" é pobre, é escuro,não serve pra te abrigar, te aconchegar. Muito mais estou a te ofertar.

O Castelo é lindo, crê em mim, vais adorar!Em noites enluaradas, horas e horas, sem fim, me ponho a pensar.Que fiz de tão mal, ó Deus, pra sofrer tanto assim?Quantas noites ainda devo aguardar, pra minha Princesa se aprontar.

Por que me rejeitar?Se em seus pés coloco todo o meu Ser, todo o meu Viver.Outro tens disputando o teu coração?E, pensas em lhe dar a mão. Estas Belas Asas Azuis, Não!Não resistirei, e ele enfrentarei .

Pensa enquanto aí estás, só amar?O que vais ganhar?Sei que fugistes para meditar.Pois não era hora de tuas vestes trocar!

Só peço: não tardes tanto! Posso perder o encanto! E, nos caminhos de tua vida Outro podes, não encontrar que tão enamorado e ardente estejaQue tanto se exponha e, te deseja!Em uma noite de luar outro sincero amor encontrar.

Seu Príncipe Encantado...

Seu Eterno Namorado ...

O Pirilampo Enamorado


Tears in the Rain - Blade Runner



4.04.2008

Não quero

Não quero alguém que morra de amor por mim... Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.

Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim... Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível... E que esse momento será inesquecível... Só quero que meu sentimento seja valorizado.

Quero sempre poder ter um sorriso estampando meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre... E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor. Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém... e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.

Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho... Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento... e não brinque com ele. E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.

Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe... Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz. Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.

Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas... Que a esperança nunca me pareça um "não" que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como "sim".

Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim...e que valeu a pena!!!

de Mário Quintana